Cristina Duarte

Cristina Duarte é a Conselheira Especial das Nações Unidas para África desde agosto de 2020.

A sua carreira inclui mais de 34 anos de liderança e gestão estratégica na elaboração de políticas públicas e no sector privado, juntamente com um profundo conhecimento da cooperação internacional e regional e dos desafios que os países africanos. 

Antes de se juntar à OSAA, foi membro do Comité de Peritos em Administração Pública e do Conselho Consultivo de Alto Nível para os Assuntos Económicos e Sociais, do Comité Consultivo do Presidente Paul Kagame para as Reformas da União Africana, do Conselho da AAlliance for a Green Revolution (AGRA) e do Conselho de Administração do Instituto de

Liderança Africana para o Desenvolvimento Sustentável no Instituto UONGOZI.

Foi Ministra das Finanças e do Planeamento na República de Cabo Verde de 2006 a

2016. Antes deste cargo, foi Diretora de um projeto do Banco Mundial sobre o

desenvolvimento e competitividade do sector privado. Foi também Diretora de Planeamento e

Estudos no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cabo Verde e consultora de várias organizações internacionais financeiras e não governamentais, incluindo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Programa de Alimentação e Agricultura, Banco Africano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. 

Também trabalhou para o Citibank no Quénia como Gestora de Relações com Instituições Financeiras e ascendeu a Vice-Presidente, Country Corporate Office e Chefe da Banca Corporativa e de Investimento do Citibank em Angola.

Tem um Mestrado em Gestão Internacional pela American School of International Management/Thunderbird School of Global Management, um Diploma Avançado em Administração de Empresas pelo Instituto de Economia da Universidade do Colorado, e uma licenciatura em Políticas Públicas, Planeamento e Desenvolvimento pelo Instituto Superior de Economia em Lisboa, Portugal. É proficiente em inglês, francês, italiano e português. 

É casada e tem uma filha.

Para que África possa aproveitar plenamente as oportunidades geradas pelos ajustamentos geopolíticos do início do século XXI, é imprescindível uma liderança baseada na integridade, na visão estratégica e na força institucional. Essa liderança deve resgatar o controle sobre os fluxos económicos e financeiros, adotar a inovação como motor de transformação, reconhecendo que a construção de Estados efectivos  passou a ser uma peça fundamental do puzzle do desenvolvimento. Esta abordagem é essencial para desbloquear o potencial do setor privado africano, ao reduzir os riscos associados ao continente e abrir o acesso aos mercados internacionais de capitais.

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For Africa to fully seize the opportunities emerging from the geopolitical shifts of the early 21st century, it is essential to foster leadership grounded in integrity, strategic vision, and institutional strength. Such leadership must reclaim control over economic and financial flows, embrace innovation as a driver of transformation, and recognize that building effective states has become a fundamental piece of the development puzzle. This approach is critical to unlocking the potential of Africa’s private sector by de-risking the continent’s profile and opening access to international capital markets.