José Luís Mascarenhas Monteiro

Não obstante haver sinais evidentes de coexistência, ainda durante as décadas de ’70 e de ’80, de escassos empreendimentos hoteleiros com esporádicas operações turísticas nalgumas ilhas do Arquipélago, no entanto, só na década de ’90 é que se conseguiu edificar o marco que vincou o efetivo startup turístico cabo-verdiano. 
Sequencialmente, Cabo Verde, na qualidade de um PEID, experimentou, em aproximadamente trinta anos do respetivo desenvolvimento turístico, um crescimento exponencial nas suas entradas turísticas, passando de 21.695 hóspedes (em 1991) para 819.308 (em 2019) , influxo este que colocou este novo destino turístico emergente no top de preferência nalguns dos principais mercados emissores. 
No entanto, esta eventual competitividade turística vem emitindo sinais evidentes de uma hipotética insustentabilidade turística das ilhas, mormente, das ditas ilhas turísticas.  
Neste contexto, foi formulado um convite ao Prof. Doutor José Luís Mascarenhas Monteiro, para, no âmbito do Leadership Summit Cabo Verde 2024, fazer uma análise retrospetiva do destino turístico cabo-verdiano no período pós-colonial, bem como, uma análise prospetiva dos grandes desafios que recaem sobre o mesmo, no âmbito da Ambição 2030.